II Partilhas na Rede – Gestão Curricular e Avaliação

Nesta segunda sessão de Partilhas na Rede dedicada à Gestão Curricular e Avaliação, mais uma vez as escolas foram desafiadas a refletir acerca de duas temáticas lançados pelo representante para Autonomia e Flexibilidade Curricular: i) Avaliação Pedagógica e ii) Monitorização da Gestão Curricular.

Nesta sessão, a professora Judite Ferreira, da Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo e a professora Susana Fonseca, presidente da CAP do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Nascente, acompanhada pelas professoras Anabela Fernandes e Isabel Catarino vieram partilhar algumas das opções tomadas e ações desenvolvidas pelos respetivos agrupamentos, nas áreas da avaliação pedagógica e gestão curricular.

Vários foram os pontos abordados pelos diferentes intervenientes, e correndo o risco de não os evidenciar todos, são de realçar as seguintes ideias que mereceram uma análise reflexiva mais aprofundada durante a sessão:

– Ao nível do ensino secundário, a articulação curricular, em particular, a interdisciplinaridade acontece ao nível dos cursos profissionais, conselhos de turma, clubes e da Educação para a Cidadania. Relativamente aos cursos profissionais, existe a redefinição dos planos de estudos e respetiva reformulação de conteúdos com base na análise das aprendizagens essenciais/UFCD e Perfil do Aluno à Saída da Escolaridade Obrigatória. Ao nível dos conselhos de turma, é realizada uma análise no início do ano letivo por forma a perceber-se quais as aprendizagens essenciais comuns às diferentes disciplinas e, dessa forma, encontrar convergências que irão ser refletidas nos Planos de Atividades das respetivas turmas. Também os projetos desenvolvidos nos clubes como o da Ciência Viva ou Clube Europeu – Erasmus + se constituem como prática mais evidente de articulação curricular entre os diversos departamentos disciplinares. Por fim, a operacionalização da Educação da Cidadania, que não assume caráter disciplinar mas transversal, tem proporcionado mais espaços de articulação curricular entre as diferentes disciplinas, turma e anos de escolaridade fruto do envolvimento dos alunos em muitos projetos e atividades promovidas pela escola ou por entidades da comunidade;

– Ao nível do básico, a articulação curricular, em particular, a interdisciplinaridade acontece entre a Educação Pré-Escolar e o 1.ºano, na planificação e avaliação no 1.º ciclo do ensino básico, na transição entre o 4.º e 5.º ano de escolaridade, entre outros;

– A constituição de equipas educativas restritas tem levado as Direções na tentativa de redução do número de professores dos Conselhos de Turma e as equipas educativas alargadas consideram a integração dos técnicos espacializados;

– As coadjuvações da Atividade Física na Educação Pré-Escolar, de expressões e TIC no 1.º ciclo do ensino básico e das atividades experimentais no 2.º e 3.º ciclo do ensino básico têm-se intensificado devido ao seu impacto nas aprendizagens dos alunos;

– O trabalho colaborativo é potenciado pelo uso da plataforma Teams para a definição de dinâmicas pedagógicas: disponibilização de planos de aula e recursos e realização de tarefas utilizando os RED;

– As permutas temporárias estão previstas acontecer quando um professor falta com a devida antecipação, permitindo a sua substituição por um professor do Conselho de Turma ou por um docente do mesmo grupo disciplinar;

– O apoio tutorial desenvolve-se à luz de um Plano de Tutorias elaborada no início do ano letivo. Procura apoiar alunos retidos no ano letivo anterior ou sinalizados pelo conselho de turma, um tempo por semana, por forma a facilitar a integração do aluno na turma. O serviço de professores tutores é distribuído a docentes com perfil previamente definido;

– No âmbito do Plano de Desenvolvimento Pessoal e Social, a contratação de uma psicóloga clínica procura desenvolver a sua intervenção em três vertentes: junto aos alunos, para o desenvolvimento de competências socioemocionais; junto dos pais, e em articulação com os restivos Diretores de Turma, para o desenvolvimento de ferramentas de apoio aos filhos nas suas atividades escolares e; junto dos assistentes operacionais, para o apoio à ansiedade dos alunos;

– No âmbito da Orientação Escolar e Profissional, várias são as atividades de intervenção realizadas nas escolas: no âmbito da criação de hábitos e métodos de estudo; no contacto direto com o mundo do trabalho e das profissões, em particular, no tecido empresarial envolvente; desenvolvimento de estágios dos cursos profissionais em empresas de setor mais relevante para a economia local/regional; participação em projetos e concursos ligados a ferramentas digitais e empreendedorismo; em momentos estruturados de expressão, reflexão e integração dos alunos na escolha do respectivo percurso académico e profissional; no âmbito individual, na realização de sessões de reorientação escolar e, no âmbito coletivo, sessões de esclarecimento para o acesso ao Ensino Superior, contacto com a oferta formativa do ensino superior.

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