I Partilhas na Rede – Educação para a Cidadania

Para esta primeira sessão de Partilhas na Rede dedicada à Educação para a Cidadania, as escolas foram desafiadas a refletir acerca de dois pontos lançados pelo representante para Autonomia e Flexibilidade Curricular: i) Dimensões da Educação da Cidadania e ii) Práticas de operacionalização.

Nesta primeira sessão, a professora Lídia Delgado, coordenadora da Educação para a Cidadania do Agrupamento de Escolas D. Dinis, acompanhada pela professora do 1.º CEB Raquel Martins e o professor Fernando Emídio, coordenador da Educação para a Cidadania do Agrupamento de Escolas Marinha Grande Poente, acompanhado pelos professores Jorge Alves, coordenador da REEI, professora Fernanda Cruz, coordenadora para a Flexibilidade e Inovação do 2.º CEB e pela professora Ivone Elói, coordenadora do projeto PIPART, vieram partilhar resultados do impacto da Educação para a Cidadania nos respetivos agrupamentos, assim como práticas em desenvolvimento resultantes das respetivas Estratégias de Educação para a Cidadania.

Entre vários pontos abordados pelos diferentes intervenientes, e correndo o risco de não os evidenciar todos, são de realçar as seguintes ideias que mereceram uma análise reflexiva mais aprofundada na sessão:

– No 2.º e 3.º CEB, a disciplina de Educação para a Cidadania tem uma organização semestral e para a qual contribuem cada uma das disciplinas, com maior prevalência de algumas;

– Vários são os documentos do agrupamento que refletem as opções tomadas na Estratégia de Educação para a Cidadania: Projeto Educativo, Planificações anuais/semestrais e Projetos Curriculares de Turma (Pré-Escolar e 1.ºCEB);

– Tem havido tendência para que os domínios a abordar na Educação para a Cidadania se mantenham sem grandes alterações ao longo dos vários anos letivos;

– Tem sido prática a seleção dos domínios por parte dos professores, sendo que os alunos escolhem os projetos que querem vir a participar;

– O trabalho de projeto, a pesquisa e o trabalho em grupo têm-se constituído como as metodologias desenvolvidas com maior frequência pelos professores;

– O trabalho colaborativo entre professores tem sido potenciado na operacionalização da Estratégia de Educação para a Cidadania;

– A biblioteca escolar assume-se como estrutura congregadora da Cidadania e desenvolvimento;

– A operacionalização dos Domínios de Autonomia Curricular acontece pela ação “ignificadora“ da Estratégia de Educação para a Cidadania;

– Os Referenciais de Educação desenvolvidos pelos diversos organismos do Ministério da Educação tem se revelado estruturantes para a construção curricular das disciplinas, para a reflexão, aprofundamento e extensão das mais diversas temáticas com uma informação compacta, essencial e relevante;- A Estratégia de Educação para a Cidadania passou a ser o chapéu aglutinador de muitos projetos que desde há muito tempo se desenvolvem nas escolas e que vieram operacionalizar os respetivos domínios;

– Muitos e variados são os projetos em que a escola, no geral, e as turmas, em particular, se envolvem no sentido de operacionalizar as respetivas estratégias. Estes projetos surgem dentro da escola, por desafios de entidades locais, regionais, nacionais e, alguns, de índole internacional;

– As atividades e projetos dinamizados pelas câmaras municipais tem sido de extrema importância pelo contributo que dão para a operacionalização das estratégias de Educação para a Cidadania dos respetivos agrupamentos;

– Das muitas atividades desenvolvidas pelas escolas, a participação em ações de voluntariado e de solidariedade são as que os alunos participam com maior frequência;

– Tem existe grande esforço por parte das escolas em procurarem comunicar pelos mais diversos meios digitais as atividades e projetos em que as escola/turmas estão envolvidas;

– Fruto do trabalho das escolas, professores e alunos em prol da Cidadania, vários tem sido os certificados/prémios obtidos de organizações nacionais e internacionais;

– Os processos de avaliação mais frequentemente usados pelos professores são a autoavaliação e a heteroavaliação;

– A monitorização da implementação da Estratégia de Educação para a Cidadania ocorre periodicamente, considerando os términos dos períodos/semestres/anos letivos;

– A integração de alunos provenientes de outros países com língua portuguesa não materna ou de alunos de outras culturas tem sido uma permanente e relevante preocupação das escolas. Estas têm procurado, por um lado, acolher socialmente os alunos e respetivas famílias na escola e, por outro, promover uma imersão linguística, num primeiro momento, através do desenvolvimento do português funcional. Os projetos Interculturalidades, PIPART ou a disciplina Oficina de Projeto procuram servir estes propósitos.

No sentido de melhorar as opções de organização e as práticas pedagógicas seguidas até então, e após reflexão interna nos diferentes órgãos dos agrupamentos, existem pontos que já mereceram um maior aprofundamento:

– Num dos agrupamentos, a semestralização da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento (2.º e 3.º CEB), pelo facto de estar mais “concentrada” no tempo tem trazido maior pressão para os professores e alunos para a sua consecução.

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